Diário de bordo
Semana cheia... audiências, reuniões, telefonemas, e-mail(s) mil, estudo, processos, petições, estrada e muito etc.
Audiência criminal em uma cidade (dupla tentativa de homicídio, segundo o Parquet, legítima defesa, segundo o Acusado), um outro homicídio consumado, uma audiência de instrução em outra comarca, uma outra causa – não de menor complexidade – aqui, outra acolá, um inventário entregue ao cartório, usucapião distribuído, acordo em um divórcio protocolizado, ações trabalhistas, e mais e mais desse constante etc. Prefeituras, Sindicatos, pessoas físicas, jurídicas, e cada um único em seu universo e sua necessidade.
Saudade de alguns amigos, lembrança constante, um telefonema pra cá, outro pra lá – até chegar ao destino – e a saudade vai amansando um pouco, uma risada com uma história contada por um deles, uma oração por aquilo que outro está atravessando, pensamento viajando junto e de alguma forma – só Deus sabe como – estando presente e sentindo a presença.
Cruzília, Varginha, São Gonçalo, Caxambu, Campo Belo, Cristais, São Lourenço, Baependi, Conceição do Rio Verde, Aiuruoca, estrada, e mais estrada em apenas uma semana. Um acidente grave em uma rodovia, causando um enorme atraso na vida de muitos e acabando com a vida de outros, imprudência ao volante (?), descaso (?), corrupção daqueles que deveriam zelar pelas estradas (?), não importa mais, para estes que terminam por aqui, infelizmente, e agora viram números de uma estatística fria e cada vez mais constante. Por minutos chego com tempo à audiência e a luta continua.
Uma frase, ouvida pelo rádio do carro me conduz pelo resto de semana e por toda a vida, talvez, e mais ou menos assim a guardo na memória “o sucesso de uma pessoa pode ser medido por seu grau de bondade e o fracasso pelo grau de maldade”. Verdade!
E assim fechamos a semana e como um quebra cabeça, esta foi apenas uma peça de outra que está por começar...