domingo, 3 de junho de 2012

COLUNA





Notícias de corrupção transbordam pela tela da TV, saltam dos jornais, gritam pelas rádios e transitam pelas redes sociais... nós, quando muito, damos uma olhada, uma lida, ouvimos algo a respeito, curtimos ou compartilhamos, e... mais nada.
“Apertem os cintos, o dinheiro sumiu” (Revista Veja).
“Quando vamos moralizar o Poder?” (Ruth de Aquino, Revista Época).
Esta semana, na estrada a caminho do escritório em Varginha, ouvia um comentário do jornalista Alexandre Garcia em que dizia que assistimos no Brasil a 300 mortes por dia – mais do que qualquer guerra no planeta – e... nada, não fazemos nada a respeito, afinal somos o país do futebol e do samba, dizia ele, já disse eu também.
As notícias de corrupção são tantas que não cabem em só mês, que se torna pequeno, é preciso um “mensalão” para caber tudo, mesmo porque a muito que as cachoeiras de nossa região deram lugar a outros apontamentos e conotações.
Já escrevi algumas vezes aqui a respeito do perigo de nossa inércia, de nosso conformismo, de nossa acomodação.
Todavia, o que assistimos é que cada vez mais esse comportamento faz parte do cotidiano de um povo, “vida de gado, povo marcado” na canção do Zé Ramalho, mas será realmente um “povo feliz” como termina a canção?
É preciso reagir, dar um basta, dizer não quando é preciso dizer não.
Nas palavras do Presidente da OAB, Ophir Cavalcante, “o Observatório da Corrupção será um instrumento para que a sociedade exerça seu insistente interesse no rápido julgamento de casos de corrupção, acompanhando os andamentos e pleiteando os julgamentos em todas as instâncias”.

Participe enviando sua denúncia. “A Ordem dos Advogados está de olho no Brasil”.